quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

ANDRE DE ALBUQUERQUE MARANHÃO


André de Albuquerque Maranhão natural de  Canguaretama-RN, nascido em 04 de maio de 1745, filho de ANDRÉ DE ALBUQUERQUE MARANHÃO e de ANTONIA JOSEFA DE ESPIRITO SANTO RIBEIRO foi o chefe da Revolução de 1817 (também conhecida como Revolução Pernambucana), no Rio Grande do Norte. Foi grande proprietário rural, Cavaleiro da Casa Real, Senhor de Cunhaú e Coronel comandante da Divisão do Sul. Era filho de André de Albuquerque Maranhão e de Josefa do Espírito Santo Ribeiro, e pertencia a uma das famílias mais ilustres do Rio Grande do Norte. Quando jovem, estudou humanidades em Natal com o Dr. Antônio Carneiro de Albuquerque Gondim e depois realizou viagens ao Rio de Janeiro e a Lisboa. Era herdeiro opulentíssimo do Morgado Cunhaú e, por seus relevantes serviços, foi condecorado com o hábito de Cristo e a patente de Coronel de Milícias a Cavalo. Possuía autoridade na Região Litoral e Agreste de Natal à Cunhaú, região que hoje é conhecida como Microrregião do Litoral Sul.
Na manhã de 28 de março, André, com sua tropa, parentes e oficiais, faz a entrada solene na capital, apoiado pela Companhia de Linha. No dia seguinte, convocou pessoas conhecidas, religiosas e constituiu o governo. No dia 30, chegou o reforço militar da Paraíba, cinquenta soldados, comandados por José Peregrino Xavier de Carvalho. Mas, após a partida destes em 25 de Abril de 1817, enfraquece o governo de André de Albuquerque. Todos o abandonam, exceto o padre João Damasceno, que permanece ao seu lado.
André de Albuquerque, sentado à mesa dos despachos, viu a sua sala ser invadida pelos contra-revolucionários. Inerte, ante a surpresa, negou-se a entregar-se e quis reagir. Mas estava só. Sem defesa. Foi então ferido por Antônio José Leite Pinho que atingiu com a espada a sua região inguinal. No tumulto, ainda procurando segurar a lâmina, fere dois dedos.
André foi arrancado do governo provisório impunemente apunhalado. Ferido, foi conduzido para a Fortaleza dos Santos Reis e colocado num quarto escuro. Sem assistência, sem tratamento, agonizou a noite inteira. Apenas recebeu do soldado Inácio Manuel de Oliveira uma esteira para forrar o solo molhado e uma trouxa de roupa para descansar a cabeça.
Sentindo a morte que se aproximava, chamou o amigo, vigário da Freguesia de Natal, Feliciano José d'Ornelhas, para dar-lhe a extrema unção.
No dia 26 de abril de 1817, banhado em sangue, sem assistência, falece Senhor de Cunhaú, com aproximadamente 40 anos de idade. Pela manhã, retiraram o corpo de André de Albuquerque que foi transportado nu, sujo de sangue coagulado, para ser sepultado na Matriz. A independência do Brasil acabou acontecendo 5 anos depois, em 1822.
FONTE – WIKIPÉDIA E INTERNET

PORTALEGRE POR NOVE DIAS JÁ FOI CAPITAL


PORTALEGRE POR NOVE DIAS JÁ FOI CAPITAL
10/05/1817 A 19/05/1817

Parece mentira, mais não é, a pequena comunidade encravada no topo de uma serra, no sertão potiguar, a belíssima Portalegre já foi a capital do Rio Grande do Norte, por nove dias, de 10 a 19 de maio de 1817.

Com o desaparecimento do GOVERNO REPUBLICANO, mas precisamente em 26 de abril de 1817, com o assassinato de ANDRÉ DE ALBUQUERQUE e a prisão dos revolucionários, Portalegre, por 9 dias, serviu de capital do Rio Grande do Norte independente.

Decidida a abolir a Coroa portuguesa, da pequena Vila de Portalegre a resistência se fazia contra as vilas rebeldes ao acalentado desejo de emancipação dos potiguares.

OS REVOLUCIONÁRIOS:

1 - PADRE JOÃO BARBOSA CORDEIRO, natural de Ociana-OE, nascido a 6 de junho de 1792, filho de Manoel Barbosa Cordeiro e de Maria José de Menezes Cordeiro.

Em 1817 ele era o vigário da freguesia de Portalegre, no Rio Grande do Norte, quando instalou a revolução republicana, preparada em Recife e com ramificação nas províncias da Paraíba, Pernambuco e Ceará.

O Padre Cordeiro tomou parte muito ativa nesse movimento, sendo membro do governo provisório instalado em 10 de maio de 1817, na vila de Portalegre.

A 19, vitoriosa a contra revolução, o vigário Cordeiro fugiu, com outros implicados, para o interior da Paraíba, onde foi preso e conduzido para Recife e daí para Bahia, em cujas prisões permaneceram até o indulto geral de 1821.

Participou igualmente, da revolução de 1824, sendo por isso, novamente preso; mas, achando-se doente no hospital militar, pode daí evadir-se, internando-se pelos sertões, onde se dedicou ao magistério da instrução secundária.

Anistiado mais tarde, foi nomeado vigário de Granja, no Ceará, paróquia que regeu até 1848, quando, permutou-a com a de Nossa Senhora dos Prazeres, de Maceió-AL, era cônego honorário da capela Imperial e cavaleiro da Ordem de Cristo. Publicou diversas obras em prosa e em verso.

O “Dicionário Biográfico de Pernambucanos Ilustres”, do Dr. Pereira da Costa, inseriu um soneto do Padre Cordeiro. Faleceu na cidade de Maceió-AL, 1864.


2 - AGOSTINHO FERNANDES DE QUEIROZ, natural de Martins-RN, nascido a 21 de abril de 1780 e faleceu em 6 de março de 1866. Terceiro filho de Domingos Jorge de Queiroz e Sá e de Maria José do Sacramento. Casado com sua prima Maria Gomes de Queiroz, filha do Coronel Agostinho Fernandes de Queiroz e de Francisca do Sacramento. 

Os pais e as mães eram irmãos, sendo eles, portanto, primos carnais, Agostinho sempre residiu na então povoação de Serrinha dos Pintos (atual cidade, criada pela lei Nº 6.492, de 30 de outubro de 1993, instalada em 1) de janeiro de 1997, que teve como primeiro prefeito o senhor Luiz Gonzaga de Queiroz, eleito em 3 de outubro de 1996). 

Tomou Parte ativa no movimento revolucionário de 1817 e dada a vitória da legalidade, foi preso com outros participantes da revolução. Transportado preso para Salvador Bahia, ali permaneceu quatro anos. Anistiado, voltou a sua terra natal, trazendo dali, sementes de jaca, tão produtivas ainda hoje. Quem conhece Martins, comprova esta realidade.

Todos os historiadores potiguares, sobretudo o saudoso Luís da Câmara Cascudo (3012/1892 – 30/7/1986), têm salientado a personalidade deste filho ilustre de nossa querida e amada terra de Martins, o qual tomou parte em novos movimentos patrióticos, como a organização de um batalhão cívico, de elementos de Martins, Portalegre e Pau dos Ferros, à invasão iminente da fronteira pelos grupos de Pinto Madeira, caudilho cearense, defendendo assim a Província em território distante.

Em 1838, o regente do Império nomeou-o um dos Vice-Presidentes da Província do Rio Grande do Norte. Em 27 de fevereiro de 1842, era empossado como primeiro presidente da Câmara Municipal de Maioridade, posteriormente, Imperatriz e atual cidade de Martins, governando até 7 de janeiro de 1845, quando passou o cargo para o senhor Domingos Velhos Barreto Júnior, este irmão de Alexandrinha Barreto, primeira esposa do governador Joaquim Ferreira Chaves Filho.

Agostinho Fernandes (que rejeitou o sobrenome PINTO depois de combater as hostes daquele caudilho invasor, conforme ofício ao Presidente da província do Rio Grande do Norte, Dr. Manuel do Nascimento Castro e Silva.

3 – PADRE GONÇALO BORGES DE ANDRADE
4 – JOÃO SARAIVA DE MOURA
5 – ANTONIO FERREIRA CAVALCANTE
6 – MANOEL JOAQUIM PALÁCIO,
7 – LEANDRO FRANCISCO DE BESSA
8 – JOSÉ VIEIRA DE BARROS
9 – PEDRO LEITE DA SILVA
10 – FRANCISCO MARCAL DA COSTA NEVES
11 – JOSÉ DA SILVA CAVALCANTE
12 – PADRE MANOEL GONÇALVES DA FONTE
13 – FELIPE BANDEIRA DE MELO.


O Governo revolucionário teve vida efêmera, mas deixando, todavia, para a posterioridade o exemplo de coragem, abnegação e patriotismo daqueles bravos sertanejos que sacrificaram seus interesses particulares e suas liberdades em defesa dos sagrados princípios de liberdade e soberania nacional, cujo registro que os portalegrenses até os dias têm a grande honra e orgulho de expressar entre eles mesmos e visitantes – Portalegre já foi capital.

Em Natal a revolução se mantivera de 29 de março a 25 de abril de 1817, encerrando-se com o assassinato do comandante André de Albuquerque. Foi-me impossível de conseguir dados pessoas de todos os revolucionários.

RESOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817


A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DOS MAIS VARIADOS GRUPOS SOCIAIS
Com o deslocamento do poder de Lisboa para o Rio de Janeiro, o Brasil foi alçado à categoria de Reino Unido, junto a Portugal e Algarves, deixando de ser colônia. De 1808 a 1822, o Brasil viveu um intenso processo de transformação, e um forte movimento nacionalista começou a se delinear em várias regiões do país. Um dos eventos ligados a esse movimento teve amplo destaque: a Revolução Pernambucana de 1817.
A Revolução Pernambucana de 1817 foi deflagrada após as medidas econômicas adotadas por D. João VI. Uma dessas medidas dizia respeito ao aumento dos impostos da população brasileira para cobrir gastos contraídos em outras atividades, sobretudo guerras. A região de Pernambuco passava, nessa época, por um período de grave crise, pois havia um crescente enfraquecimento do comércio do algodão e do açúcar, que movimentava boa parte da economia da época.
Quando as medidas do rei chegaram à província, muitos proprietários de terras, profissionais liberais, membros do clero e trabalhadores urbanos organizaram um movimento contra a autoridade de D. João VI. Esse movimento tinha a pretensão de criar um governo provisório e instituir uma República em Pernambuco. Veja o que diz o historiador Boris Fausto sobre esse acontecimento:
Os revolucionários tomaram Recife e implementaram um governo provisório, baseado em uma 'lei orgânica' que proclamou a República e estabeleceu a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não tocou no problema da escravidão. Foram enviados emissários às outras capitanias em busca de apoio e aos Estados Unidos, Inglaterra e Argentina, em busca também de apoio e de reconhecimento. A revolta avançou pelo sertão, porém logo em seguida, veio o ataque das forças portuguesas, a partir do bloqueio do Recife e do desembarque em Alagoas. As lutas se desenrolaram no interior, revelando o despreparo e as desavenças entre os revolucionários. Ao final, as tropas portuguesas ocuparam Recife, em maio de 1817”. [1]
Esse evento, apesar de malsucedido, foi uma das expressões de maior clamor pela independência vistas no Período Joanino no Brasil.
FONTE – ESCOLA KIDS

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